As
figuras de linguagem são divididas em: figuras de som, figuras de
construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.
As figuras
de linguagem são recursos que tornam mais
expressivas as mensagens. Subdividem-se em figuras de som, figuras
de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.
Figuras
de som
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
Olha a bolha d’água no galho!
a) aliteração: consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.
Olha a bolha d’água no galho!
b)
assonância: consiste na repetição ordenada de sons vocálicos
idênticos.
"É o mar que me acorda"
“Pássaro da lua que queres cantar nessa terra tua sem flor e sem mar?”
c)paronomásia:
consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de
significados distintos.
“Eu
que passo, penso e peço.”
"E agora, que a chuva chora,houve aquele tempo!"
"E agora, que a chuva chora,houve aquele tempo!"
Figuras
de construção
a)
elipse: consiste na omissão de um termo facilmente identificável
pelo contexto.
“Na sala, apenas quatro ou cinco convidados.”
(omissão de havia)
b) zeugma:consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.
Ele
prefere cinema; eu, teatro. (omissão de prefiro)
c)
polissíndeto: consiste na repetição de conectivos ligando termos
da oração ou elementos do período.
“ E sob as ondas
ritmadas
e sob as nuvens e os ventos
e sob as pontes e sob o
sarcasmo
e sob a gosma e sob o vômito (...)”
d) inversão:
consiste na mudança da ordem natural dos termos na frase.
“De
tudo ficou um pouco.
Do
meu medo. Do teu asco.”
e) silepse:
consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com o que
se subentende, com o que está implícito. A silepse pode ser:
•
De gênero
Vossa Excelência está preocupado.
• De
número
Os Lusíadas glorificou nossa literatura.
• De
pessoa
“O que me parece inexplicável é que os brasileiros
persistamos em comer essa coisinha verde e mole que se derrete na
boca.”
f) anacoluto:
A vida, não sei realmente se ela
vale alguma coisa.
g)
pleonasmo: consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a
mensagem.
“E rir meu riso e derramar meu pranto.”
h)
anáfora: consiste na repetição de uma mesma palavra no início de
versos ou frases.
“ Amor é um fogo que arde sem se ver;
É
ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É
dor que desatina sem doer”
Figuras
de pensamento
a)
antítese: consiste na aproximação de termos contrários, de
palavras que se opõem pelo sentido.
“Os jardins têm vida e
morte.”
b)
ironia: é a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao
usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.
“A
excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças.”
c)
eufemismo: consiste em substituir uma expressão por outra menos
brusca; em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação
desagradável.
Ele
enriqueceu por meios ilícitos. (em vez de ele roubou)
d)
hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia com finalidade
enfática.
Estou morrendo de sede. (em vez de estou com muita
sede)
e)
prosopopeia ou personificação: consiste em atribuir a seres
inanimados predicativos que são próprios de seres animados.
O
jardim olhava as crianças sem dizer nada.
f)
gradação ou clímax: é a apresentação de ideias em progressão
ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax)
“Um coração
chagado de desejos
Latejando, batendo, restrugindo.”
g)
apóstrofe: consiste na interpelação enfática a alguém (ou
alguma coisa personificada).
“Senhor Deus dos
desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!”
Figuras
de palavras
a)
metáfora: consiste em empregar um termo com significado diferente
do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido
próprio e o sentido figurado. A metáfora implica, pois, uma
comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.
“Meu
pensamento é um rio subterrâneo.”
b)
metonímia: como a metáfora, consiste numa transposição de
significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa
passa a ser usada com outro significado. Todavia, a transposição
de significados não é mais feita com base em traços de
semelhança, como na metáfora. A metonímia explora sempre alguma
relação lógica entre os termos. Observe:
Não tinha teto em
que se abrigasse. (teto em lugar de casa)
c)
catacrese: ocorre quando, por falta de um termo específico para
designar um conceito, torna-se outro por empréstimo. Entretanto,
devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo
empregado em sentido figurado.
O pé da mesa estava quebrado.
d)
antonomásia ou perífrase: consiste em substituir um nome por uma
expressão que o identifique com facilidade:
...os quatro rapazes
de Liverpool (em vez de os Beatles)
e)
sinestesia: trata-se de mesclar, numa expressão, sensações
percebidas por diferentes órgãos do sentido. A luz crua da
madrugada invadia meu quarto.